quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Terras do Gelo e do Fogo / Tão Tão Distante

Muito, muito tempo à frente haverá um lugar abundante em mongol: a Mongoloidland.

Claro que, toda essa riqueza, será destinada apenas ao Czar (jovem ardiloso, astuto, de caráter ofídico), chamado Ghutixa que dividirá um pequeno naco do poder com suas 26 czarinas. Em troca, elas se revezarão nos favores ao Czar, incluindo a milenar dança do ventre. Ele já estará de saco cheio, mas, dissimulado que será, cumprirá os protocolos que ele mesmo terá criado.

O povo de Mongoloidland, pra variar, será igualzinho o povo de qualquer conto de fadas, desde muito, muito tempo atrás: miseráveis, famintos, esquálidos, tristes, etc. Sobretudo, conformados; ou seja, o de sempre.

Deixarão de comer e dar comida às crianças para honrarem suas contas com o Czar. Não entenderão porque, mesmo consumindo cada vez menos, pagarão sempre a mesma coisa. E colocarão a culpa neles mesmo, uns nos outros.

Nunca perceberão que na conta de luz, além do consumo, haverá impostos, taxas e, até, contribuição ao Czar (uma pitada de sadismo das czarinas que, ao imporem mais esse tributo para o povo pagar, dar-lhe-ão o nome de "contribuição"). Na conta de água, além do consumo, haverá outras taxas e por aí irá. A economia no consumo abrirá caminho para aumento dessas taxas. E Ghutixa dirá que nenhuma conta subiu.

Os habitantes de Mongoloidland não se importarão. Cientes de estarem no mundo "só de passagem" desejarão mais é que esse tempo acabe logo. Sentirão um conforto mórbido em ver, através das milhares de "lives", que o Czar e Czarinas são felizes. E que o Czar usará todo o poder da "máquina mortífera" para assegurar-se que o trono continue na família.

Os habitantes de Mongoloidland usarão suas últimas forças para erguerem o dedo e teclar "sim" na urna eletrônica. Passarão o legado de Ghutixa para seu irmão, Ghutículo II.

E viva o rei !



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