quinta-feira, 2 de setembro de 2021

PROGUARU: Sim, Aos Funcionários ! Não, À Empresa !

Fosse eu o prefeito de Guarulhos, também fecharia a Proguaru. Nada a ver com aprovação ao "jeito moleque" do atual prefeito, que me desagrada e muito.

Eu proporia uma compensação aos funcionários, na forma de um PDV (Programa de Demissão Voluntária). Além de TODAS as verbas indenizatórias (obrigatórias, diga-se de passagem), faria cálculos para oferecer-lhes algumas vantagens: bonificação de um salário para cada cinco anos de serviços; integralização de férias que ainda fossem ser completadas; para os que estejam a um, dois, até três anos da aposentadoria, proporia a continuidade de pagamento das parcelas, referentes às contribuições ao INSS, de modo que suas aposentadorias ficassem garantidas...

Manteria um cadastro, com aqueles que desejassem, para apresentação às empresas que vierem a ser contratadas, visando a análise de possíveis admissões. O compromisso de absorção dessa mão de obra seria, inclusive, um ponto positivo na análise dos orçamentos apresentados pelas concorrentes, não descuidando, evidentemente, das questões financeiras.

E acolheria o restante na secretaria de obras.

Todos sairiam ganhando: a prefeitura, os funcionários da Proguaru e, principalmente, o município de Guarulhos.

Governo é pra governar; não ser empresário ! O governo é péssimo empreendedor.

A Proguaru foi criada na melhor das intenções: uma "estatal municipal", ou seja, um monstrinho simpático. Ninguém fez projeções de futuro, quando o monstro ficasse adulto. Não é um departamento municipal, não é empresa privada e TEM SÓCIOS.

Nasceu com um aporte gigante de dinheiro NOSSO (meu que escrevo e seu que lê), coisa impensável para uma empresa normal, contrata por concurso, banca salários absurdos para "conselheiros" (esses não são concursados, óbvio), não procura clientes porque não precisa e, claro, não dá lucro.

Aqui entra a malandragem da Câmara Municipal. Os edis dizem que governo não tem que dar lucro. Ok, concordo ! Só que Proguaru não é governo, apoderou-se dele. Além do aporte para criação, noutras ocasiões, aportes ainda maiores foram necessários. Dinheiro público para um arremedo de empresa privada. E os outros sócios, fizeram aportes ?

Contratar a Proguaru (que já é da prefeitura), de tempos em tempos fazer aportes para cobrir rombos financeiros, distribuir resultados aos sócios (ao que parece, apenas quando forem positivos), evitar que outras empresas se apresentem, com custos muito abaixo que os da Proguaru...

O maior absurdo que eu vejo é que nenhuma instância superior jamais questionou a existência da Proguaru. Os funcionários da Proguaru não têm absolutamente nada a ver com isso (nem os conselheiros). Eu conheço vários e todos são excelentes profissionais, vítimas de algo que se apresentou como uma empresa e, agora, com a ajuda da Câmara, tenta se converter numa "entidade de assistência social". Tem quem concorde com isso; não é o meu caso.

A Proguaru tornou-se, como empresa, totalmente inviável. Com a prefeitura à frente, não há reformulação possível, ela deveria ter sido extinta quando da primeira necessidade de aportes financeiros. O tempo só agrava a situação. Essa linda carruagem virou abóbora há muito tempo.

E o simples fato de tratarmos de forma passional o destino de uma empresa é prova cabal de que tudo está errado. Empresas são ágeis e racionais, porque a realidade do mercado assim exige (não são governo).

Não à empresa Proguaru !



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