sábado, 3 de abril de 2021

Well, well, mas... E o BBB 21 ?

Perguntaram-me o que acho do "reality show" da Globo.

Minha visão sobre isso é fria e calculista: primeiro, não assisto; segundo, não tem segundo, nem terceiro, nem quarto, eu não assisto.

Mas, sei do que se trata. Então, analisemos: 

Antigamente, quando os dinossauros andavam sobre a terra, a Globo teve uma ideia: roubar alguma ideia de algum programa que fizesse sucesso por aí. Já dizia o Chacrinha, da própria Globo que "em TV nada se cria, tudo se copia". E selecionou algumas daquelas coxudas de Neanderthal e alguns orangotangos de tanguinha e os colocou "no ar", confinados numa caverna confortável, cheia de câmeras generosamente ginecológicas.

Foi um sucesso ! Os marmanjos (a partir dos 12 provavelmente) e as marmanjas amaram. Assistiam para tentar adivinhar qual seria a próxima capa (e pôster central) da Playboy do mês seguinte. E quem estaria na "G Magazine".

Com o andar da carruagem, foram usando o programa para contratar atrizes, garotos propaganda, etc.

Hoje, pelo pouco que eu vejo, nem pra isso vai servir o programa. Aliás, pergunto-me: qual seria o real interesse, oculto, por trás desse troço ?

E já me explico, antes que digam ahá! então você vê... É onde entra a minha análise sobre o sucesso estrondoso que isso faz. O dinheiro arrecadado pela Globo, com o "reality", é tanto, mas tanto, que ela investe uma pequena parte para garantir que nenhum ser humano, deste país, deixe de tomar conhecimento da existência dele.

Você foge da Globo, o programa vai atrás de você. Você está lendo o que quer que seja, a leitura é interrompida por comerciais do programa; você está no futebol, os comentaristas começam a comentar sobre o programa; se bobear, os jogadores, nas entrevistas, falam do programa; onde quer que vá, tem "notinhas" sobre o programa.

Você paga por conteúdos exclusivos, para se defender daquele inimigo, e é contra atacado por esses mesmos conteúdos, que são subornados pelo inimigo. Cabe aqui uma saudação toda especial ao Congresso Brasileiro.

Enfim, do ponto de vista econômico e sob minha visão no campo de Investimentos, pra mim está claríssimo que esse programa é a "mina de ouro" da Globo. Portanto, aí vai o tapa na cara: não pode ser "aleatório", muito menos "reality".

Ninguém fica bilionário jogando dinheiro fora. Ou, pior ainda, deixando essa fortuna ao acaso, ou, aos telefonemas da audiência.

Se eu sou o dono do dinheiro que vai montar um programa (que vai me dar um retorno gigantesco), podem chamá-lo de "reality", podem deixar os personagens dizerem e fazerem o que quiserem, deixar o público se entremear no enredo, "eliminar" ou "salvar" participantes, o condutor do programa pode fazer os comentários que lhe vierem à cabeça, ali, ao vivo, etc. Tudo para que o público tenha a certeza de que a coisa é real... Até a página quatro.

Eu, bilionário, jamais faria algo que desconhecesse e pudesse pôr a perder meu patrimônio. Portanto, na minha visão, todos ali desempenham papéis. São todos selecionados por equipes de profissionais, que sabem qual será o viés da vez. Tudo isso passando pelo meu crivo.

Trancam-se todos eles num local reservado, um mês antes do programa ir ao ar, encena-se à exaustão, o papel de cada um, deixando entre eles a incógnita de quem ganhará o prêmio tão almejado, para que todos se esforcem ao máximo por ele.

Entretanto, eu, dono de tudo, já sei quem será contratado e para quê. E, lógico! Já sei quem ficará com uma parte do meu dinheiro. Antes mesmo de tudo começar.

Concluindo: o BBB sempre foi e sempre será uma grande farsa. Todavia, o maior mérito do "reality" é que ele consegue fazer com que a maior farsante e o maior farsante nesse circo não perceba que "conduz" uma farsa.

É você, fã !



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